Eu sempre fui “a forte”…
Muitas vezes cheguei a casa depois da escola e chorei, chorei até não conseguir fechar os olhos de tão inchados que estavam. Mas nunca ninguém viu essas lágrimas.
Muitas vezes nada mais fui que um vazio. Mas essa ausência nunca foi percebida no sorriso forçado.
Tantas vezes só desejei desaparecer mas muitas mais vezes, fui invisível.
Sempre continuei, fingindo uma vida que não era a minha, forçando uma pessoa que não era eu, aguentando-me à tona da água, evitando explicações.
Fui a que segura os outros. Algum propósito teria de ter para permanecer aqui. Fui a que dava bons conselhos, mas que na verdade, nunca os seguira. Fui a boa amiga, fui a pessoa que ajuda mesmo que não falemos para ela quando está sozinha e triste.
Nunca me importei. Nunca mostrei que me importava, tenho de admitir.
Aprendi a viver sozinha e a não precisar de ninguém até que chegaste tu.
E tu ajudaste-me.
Falaste para mim mesmo quando não precisavas de nada. Simplesmente querias saber como estava, quem eu era.
Viste-me. Viste-me mesmo. Por dentro.
Amparaste-me as quedas. Limpaste-me as feridas. Contaste as cicatrizes. Com carinho, sempre com muito carinho e paciência.
Preencheste-me, ocupaste o vazio sem pedir nada em troca.
E agora sou dependente desta sensação de segurança e de conforto. Sou dependente de ti e desta felicidade que me trazes e que foi o que eu sempre imaginei.
Obrigada por seres como és. Obrigada por tudo o que fizeste por mim.
Amo-te
[Queria que o meu primeiro post do ano fosse sobre ti… e foi. ]
[Não me interessa se é lamechas]